sexta-feira, 10 de junho de 2011

Invictus

invictus-poster
A Warner Brothers divulgou o primeiro poster oficial do novo filme de Clint Eastwood “Invictus”, no qual Morgan Freeman interpreta Nelson Mandela e Matt Damon o jogador de rugby Francois Pienaar. O trailer do longa ainda não tem data oficial para sair, mas não deve demorar muito.
A expectativa em cima deste filme se dá por várias pessoas  estarem dizendo que “Invictus” é o grande favorito a ganhar o Oscar de melhor filme. Dizem isto sem ao menos terem visto ao menos um segundo das imagens.
Dirigido pelo conhecido Clint Eastwood e com roteiro de Anthony Peckham o filme é baseado no livro de John Carlin “Playing the Enemy”.A Warner Bros lança “Invictus” oficialmente nos cinemas americanos no dia 11 de Dezembro.
SINOPSE
“Invictus” mostra Nelson Mandela, depois da queda do apartheid na África do Sul e durante seu primeiro mandato como presidente, quando se esforçou para que o país sediasse Copa do Mundo de Rugby de 1995. Uma grande oportunidade para unir seus compatriotas.

Kalahari deserto africano

Localizado ao sul da África, o Deserto de Kalahari ou Calaari possui cerca de 900.000 km²  de extensão, distribuídos pelas regiões da Botsuana, Namíbia e África do Sul. Seu nome é derivado da palavra Kgalagadi cujo significado é “a grande sede”. O deserto é parte da bacia de areia que se estende desde o rio Orange até Angola, no oeste da Namíbia e no leste do Zimbábue.
A formação do Deserto de Kalahari se deu pela corrente marítima fria de Benguela, que atua na costa sudoeste da África, condensando o vapor de água que segue em direção ao continente o que faz com que as massas de ar  cheguem mais secas ao mesmo, e consequentemente formando o deserto.
A flora do Kalahari apresenta árvores dispersas, como palmeiras e baobás, formações arbustivas, matagais xerófitos e herbáceos próprias da savana. A fauna é constituída principalmente por suricatas e hienas. Embora pouco desenvolvida em toda a extensão do território, a flora é mais densa no norte. Além da vasta área coberta por areia avermelhada sem afloramento de água em caráter permanente.
Estudiosos afirmam que o Kalahari não é um deserto propriamente dito, pois partes dele recebem mais de 250 mm de chuva mal distribuída anualmente e possuem bastante vegetação. O clima é árido somente no sudoeste (menos de 175 mm de chuva ao ano), o que faz do Kalahari um deserto de fósseis. As temperaturas no verão vão de 20 a 40 °C, podendo alcançar 50 °C e no inverno, o clima é seco e frio com geada à noite, podendo ficar abaixo de 0 °C. Apesar de não se parecer com um deserto, ele se comporta como um.
Durante a curta estação chuvosa se transforma em um grande paraíso de vegetação exuberante e uma fauna colorida e animada.
No entanto, o clima do Kalahari é bastante imprevisível, considerado seco e temperamental. Pode chover muito forte em um dia, a chuva que produz inundações que tudo varrem, enquanto no dia seguinte pode ser tão seco como sempre. Portanto, a capacidade de sobrevivência e adaptação ao deserto de Kalahari é difícil.
Devido ao enorme potencial econômico, o deserto sofre ameaças dos recursos naturais. A região conta com grandes reservas de urânio, carvão mineral, cobre e níquel. Algumas empresas de mineração exploram e devastam o deserto. Além disso, uma das maiores minas de diamantes do mundo, está localizado na Orapa no Makgadikgadi, uma depressão do nordeste do Kalahari.

Biografia e prisão de Nelson

Nelson Rolihlahla Mandela foi um líder rebelde e, posteriormente, presidente da África do Sul de 1994 a 1999. Principal representante do movimento anti-apartheid, considerado pelo povo um guerreiro em luta pela liberdade, era tido pelo governo sul-africano como um terrorista e passou quase três décadas na cadeia.

De etnia Xhosa, Mandela nasceu no pequeno vilarejo de Qunu, distrito de Umtata, na região do Transkei. Aos sete anos, Mandela tornou-se o primeiro membro da família a frequentar a escola, onde lhe foi dado o nome inglês "Nelson". Seu pai morreu logo depois, e Nelson seguiu para uma escola próxima ao palácio do Regente. Seguindo as tradições Xhosa, ele foi iniciado na sociedade aos 16 anos, seguindo para o Instituto Clarkebury, onde estudou cultura ocidental.

Em 1934, Mandela mudou-se para Fort Beaufort, cidade com escolas que recebiam a maior parte da realeza Thembu, e ali tomou interesse no boxe e nas corridas. Após se matricular, ele começou o curso para se tornar bacharel em direito na Universidade de Fort Hare, onde conheceu Oliver Tambo e iniciou uma longa amizade.

Ao final do primeiro ano, Mandela se envolveu com o movimento estudantil, num boicote contra as políticas universitárias, sendo expulso da universidade. Dali foi para Johanesburgo, onde terminou sua graduação na Universidade da África do Sul (UNISA) por correspondência. Continuou seus estudos de direito na Universidade de Witwatersrand.

Como jovem estudante do direito, Mandela se envolveu na oposição ao regime do apartheid, que negava aos negros (maioria da população), mestiços e indianos (uma expressiva colônia de imigrantes) direitos políticos, sociais e econômicos. Uniu-se ao Congresso Nacional Africano em 1942, e dois anos depois fundou com Walter Sisulu e Oliver Tambo, entre outros, a Liga Jovem do CNA.

Depois da eleição de 1948 dar a vitória aos afrikaners (Partido Nacional), que apoiavam a política de segregação racial, Mandela tornou-se mais ativo no CNA, tomando parte do Congresso do Povo (1955) que divulgou a Carta da Liberdade - documento contendo um programa fundamental para a causa anti-apartheid.

Comprometido de início apenas com atos não-violentos, Mandela e seus colegas aceitaram recorrer às armas após o massacre de Sharpeville, em março de 1960, quando a polícia sul-africana atirou em manifestantes negros, matando 69 pessoas e ferindo 180.

Em 1961, ele se tornou comandante do braço armado do CNA, o chamado Umkhonto we Sizwe ("Lança da Nação", ou MK), fundado por ele e outros. Mandela coordenou uma campanha de sabotagem contra alvos militares e do governo e viajou para a Argélia para treinamento paramilitar.

Em agosto de 1962 Nelson Mandela foi preso após informes da CIA à polícia sul-africana, sendo sentenciado a cinco anos de prisão por viajar ilegalmente ao exterior e incentivar greves. Em 1964 foi condenado a prisão perpétua por sabotagem (o que Mandela admitiu) e por conspirar para ajudar outros países a invadir a África do Sul (o que Mandela nega).

No decorrer dos 27 anos que ficou preso, Mandela se tornou de tal modo associado à oposição ao apartheid que o clamor "Libertem Nelson Mandela" se tornou o lema das campanhas anti-apartheid em vários países.

Durante os anos 1970, ele recusou uma revisão da pena e, em 1985, não aceitou a liberdade condicional em troca de não incentivar a luta armada. Mandela continuou na prisão até fevereiro de 1990, quando a campanha do CNA e a pressão internacional conseguiram que ele fosse libertado em 11 de fevereiro, aos 72 anos, por ordem do presidente Frederik Willem de Klerk.

Nelson Mandela e Frederik de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da paz em 1993.

Como presidente do CNA (de julho de 1991 a dezembro de 1997) e primeiro presidente negro da África do Sul (de maio de 1994 a junho de 1999), Mandela comandou a transição do regime de minoria no comando, o apartheid, ganhando respeito internacional por sua luta em prol da reconciliação interna e externa.

Ele se casou três vezes. A primeira esposa de Mandela foi Evelyn Ntoko Mase, da qual se divorciou em 1957 após 13 anos de casamento. Depois casou-se com Winie Madikizela, e com ela ficou 38 anos, divorciando-se em 1996, com as divergências políticas entre o casal vindo a público. No seu 80º aniversário, Mandela casou-se com Graça Machel, viúva de Samora Machel, antigo presidente moçambicano.

Após o fim do mandato de presidente, em 1999, Mandela voltou-se para a causa de diversas organizações sociais e de direitos humanos. Ele recebeu muitas distinções no exterior, incluindo a Ordem de St. John, da rainha Elizabeth 2ª., a medalha presidencial da Liberdade, de George W. Bush, o Bharat Ratna (a distinção mais alta da Índia) e a Ordem do Canadá.

Em 2003, Mandela fez alguns pronunciamentos atacando a política externa do presidente norte-americano Bush. Ao mesmo tempo, ele anunciou seu apoio à campanha de arrecadação de fundos contra a AIDS chamada "46664" - seu número na época em que esteve na prisão.

Em junho de 2004, aos 85 anos, Mandela anunciou que se retiraria da vida pública. Fez uma exceção, no entanto, por seu compromisso em lutar contra a AIDS.

A comemoração de seu aniversário de 90 anos foi um ato público com shows, que ocorreu em Londres, em julho de 2008, e contou com a presença de artistas e celebridades engajadas nessa luta.

Curiosidades

Dia Internacional de Nelson Mandela
- A partir de 2010, será celebrado em 18 de julho de cada ano o Dia Internacional de Nelson Mandela. A data foi definida pela Assembléia Geral da ONU e corresponde ao dia de seu nascimento.

Frases do Nelson

Algumas frases de Nelson Mandela

- "Sonho com o dia em que todas as pessoas levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos."
- "Uma boa cabeça e um bom coração formam uma formidável combinação."
- "Não há caminho fácil para a Liberdade."
- "A queda da opressão foi sancionada pela humanidade, e é a maior aspiração de cada homem livre."
- "A luta é a minha vida. Continuarei a lutar pela liberdade até o fim de meus dias."
- "A educação é a arma mais forte que você pode usar para mudar o mundo." 

Apartheid(Nelson Mandela)

Luta contra o apartheid

O apartheid, que significa "vida separada", era o regime de segregação racial existente na África do Sul, que obrigava os negros a viverem separados. Os brancos controlavam o poder, enquanto o restante da população não gozava de vários direitos políticos, econômicos e sociais.

Ainda estudante de Direito, Mandela começou sua luta contra o regime do apartheid. No ano de 1942, entrou efetivamente para a oposição, ingressando no Congresso Nacional Africano (movimento contra o apartheid). Em 1944, participou da fundação, junto com Oliver Tambo e Walter Sisulu, da Liga Jovem do CNA.

Durante toda a década de 1950, Nelson Mandela foi um dos principais membros do movimento anti-apartheid. Participou da divulgação da “Carta da Liberdade”, em 1955, documento pelo qual defendiam um programa para o fim do regime segregacionista.

Mandela sempre defendeu a luta pacífica contra o apartheid. Porém, sua opinião mudou em 21 de marco de 1960. Neste dia, policiais sul-africanos atiraram contra manifestante negros, matando 69 pessoas. Este dia, conhecido como “O Massacre de Sharpeville”, fez com que Mandela passasse a defender a luta armada contra o sistema.

Em 1961, Mandela tornou-se comandante do braço armado do CNA, conhecido como "Lança da Nação". Passou a buscar ajuda financeira internacional para financiar a luta. Porém, em 1962, foi preso e condenado a cinco anos de prisão, por incentivo a greves e viagem ao exterior sem autorização. Em 1964, Mandela foi julgado novamente e condenado a prisão perpétua por planejar ações armadas.

Mandela permaneceu preso de 1964 a 1990. Neste 26 anos, tornou-se o símbolo da luta anti-apartheid na África do Sul. Mesmo na prisão, conseguiu enviar cartas para organizar e incentivar a luta pelo fim da segregação racial no país. Neste período de prisão, recebeu apoio de vários segmentos sociais e governos do mundo todo.

Com o aumento das pressões internacionais, o então presidente da África do Sul, Frederik de Klerk solicitou, em 11 de fevereiro de 1990, a libertação de Nelson Mandela e a retirada da ilegalidade do CNA (Congresso Nacional Africano). Em 1993, Nelson Mandela e o presidente Frederik de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da Paz, pelos esforços em acabar com a segregação racial na África do Sul.

Em 1994, Mandela tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul. Governou o país até 1999, sendo responsável pelo fim do regime segregacionista no país e também pela reconciliação de grupos internos. 

Com o fim do mandato de presidente, Mandela afastou-se da política dedicando-se a causas de várias organizações sociais em prol dos direito humanos. Já recebeu diversas homenagens e congratulações internacionais pelo reconhecimento de sua vida de luta pelos direitos sociais.

Descrição

  • Kalahari: Uma Aventura no Deserto Africano

    Não existe coisa mais bonita no mundo do que um amigo chamando por outro.
    Provérbio dos bosquímanos, caçadores nômades do Deserto do Kalahari, um povo pequenino, ágil e resistente, sábios de natureza.
    Essas e outras fantásticas liçõs e vivência vão unir o carioca Eduardo, 15, e a australiana Karin, 16, no universo mágico e complexo do sul da África contemporâneo.
    Uma homenagem a Nelson Mandela, símbolo máximo da luta contra o racismo, numa narrativa cinematográfica e envolvente em que não faltam ação, aventura e uma boa dose de sabedoria milenar.
    Uma história encantadora que aborda questões extremamente atuais, como a preservação do meio ambiente, a pluralidade cultural e os limites da ética no mundo globalizado, e capta a atenção do início ao fim.

  • Editora: Melhoramentos
  • Autor: ROGERIO ANDRADE BARBOSA
  • Origem: Nacional
  • Ano: 2009
  • Número de páginas:128

Biografia de Rogério Andrade Barbosa (Autor Kalahari)

Professor, ex-voluntário das Nações Unidas na Guiné-Bissau, África, graduou-se em Letras pela UFF e fez pós-graduação em Literatura Infantil Brasileira na UFRJ.

Trabalha na área de Literatura Afro-Brasileira e em programas de incentivo à leitura, proferindo palestras e ministrando cursos - além de viajar pelo Brasil afora nas asas do projeto Proler, da Fundação Biblioteca Nacional.

Em 1994, participou como autor convidado e contador de histórias das feiras do livro de Frankfurt (Alemanha) e de Guadalajara (México). Em 1995, do II Encontro Iberoamericano de Literatura para crianças e jovens, em Havana (Cuba). Em 2000, do 27º Congresso do IBBY, em Cartagena (Colômbia). Em 2001, da feira de livros de Bolonha (Itália) e de Guadalajara (México). Em 2002, do 28º Congresso do IBBY, em Basel (Suíça). Autor indicado para a lista de honra do IBBY de 2002.

Atualmente, é membro do conselho consultivo da FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil) e presidente da AEI-LIJ (Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil).

É autor de mais de trinta livros, publicados no Brasil e no exterior, entre eles: A vingança do falcão, Rômulo e Júlia: os caras-pintadas, Os segredos da múmia do gelo, A maldição das inscrições na Pedra da Gávea, O perigo mora nas ruas, Mapinguari: o devorador de cabeças.